Na nota de 200 rublos, a reafirmação russa do domínio da Crimeia
Lançada no ano passado e ainda com uma circulação não tão alta, a nota de 200 rublos (R$ 11) serve para marcar uma forte posição política da Rússia, o domínio absoluto sobre a Crimeia.
Ainda que os ucranianos e a ONU não reconheçam isso, a Rússia não tem dúvida que o território anexado em 2014 após um referendo durante a ocupação militar – que dura até hoje- é seu.
Para a maior parte da comunidade internacional é um território ucraniano sob ocupação russa.
A nota, em cor verde, traz de um lado uma vista da Sevastopol, cidade mais importante da península, e um monumento aos Navios Afundados e do outro uma vista da antiga colônia grega de Chersonesus, localizada na península e o mapa dela com destaque para Sevastopol.
Os símbolos para a nota foram escolhidos por meio de uma votação popular pela internet.
“Estamos apenas realizando o desejo das pessoas, que queriam ver estes símbolos nas notas”, afirmou no lançamento Elvira Nabiullina, chefe do Banco Central Russo.
A polêmica é tamanha que a Ucrânia proibiu a circulação desta nota no país. É ilegal trocá-la em casas de câmbio por lá.
Outra nota que entrou em circulação em 2017 e ainda é um pouco rara de ser encontrada é a de 2 mil rublos (R$ 110).
De cor azul, traz um cartão postal de outro ponto estratégico para os russos: Vladivostok, localizada no extremo leste, perto de China, Japão e das Coreias do do Sul e do Norte.
Trata-se da “Ponte Ilha Rusky”, a ponte estaiada mais longa do mundo, com um vão central de 1.104m.
Do outro lado, está o projeto do Cosmódromo de Vostochni. É um novo centro espacial russo em construção, localizado a 51 graus norte, em Amur Oblast, no Extremo Oriente do país.
Além destas duas, as notas em circulação de rublo são de 10 (bem raras), 50, 100, 500, 1.000 e 5.000.