A rua em questão é a Nikolskaya, uma exclusiva para pedestres e repletas de cafés e restaurantes.

Passeando pelo local na noite de quarta-feira, o blog viu movimentação de torcedores de diversos países.

Eram russos, sauditas, iranianos, egípcios, peruanos, colombianos, mexicanos, argentinos, brasileiros… Uma imensidão de pessoas impossível de contar.

E o que mais chamou a atenção foi a organização dos fãs e o clima de paz em pouco mais de 500 metros de caminhada.

Os torcedores do país se organizavam em grupos a poucos metros de distância um dos outros e entoavam suas canções e exibiam com orgulho suas bandeiras.

Os sauditas cantavam algo indecifrável. E ao lado russos a plenos pulmões gritavam o nome do país, em cima de bancos no meio da rua.

Os próximos eram os colombianos, com suas camisas amarelas, bandeiras e chapéus.

Egípcios exibiam cartazes de Salah e cantavam músicas em homenagem ao atleta.

Os argentinos não perderam tempo e tomaram de assalto fachas de prédios públicos. Penduraram diversos bandeiras. Eram “trapos” de Messi, de cidades argentinas e de clubes. Uma verdadeira “cancha”.

Os gritos? De exaltação a Maradona e provocação a Pelé e ao Brasil, como é costume.

Mas a uma curta distância, um grupo de brasileiros não dava a mínima. Queriam mesmo faturar uns trocados vendendo camisas, bandeiras e outros artefatos, com preços que iam de 1 mil a 2 mil rublos (R$ 60 a R$ 119).

Seguindo o trajeto mais sul-americanos à vista. Peruanos. Copiando os argentinos, penduraram suas bandeiras e cantavam. A alegria de estar de na Copa pela primeira vez desde 1982 é imensurável.

E o passeio ela rua segue e passam pelo caminho em menor número, franceses, australianos, um cidadão com a camisa da Sérvia e até um com a da Itália. Os italianos não estão no Mundial. Uma bandeira da Bolívia também apareceu.

Mas nada parece importar neste ambiente de festa.

Os sempre duros policiais russos? Deixavam a festa rolar tranquilamente, afinal não havia o mínimo sinal de violência. Alguns torcedores tomavam cerveja e vodca, mas comportados. Apesar de o consumo de álcool ser proibido em espaços públicos, os oficiais pareciam fazer vista grossa.

Russos pouco ou nada acostumados com tamanha festa se divertiam. Paravam para tirar fotos e tentavam se comunicar. Em meses vivendo aqui, jamais vi tamanha movimentação.

O espírito de Copa enfim pegou fogo na capital russa e não deve parar tão cedo.

E quem estiver na Rússia e que não tiver ingresso ou não estiver a fim de ir na Fan Fest, já sabe onde se divertir. Para chegar lá, o acesso mais fácil se dá pela estação de metrô Lubyanka.

A peça de 45 segundos de duração traz diversos símbolos que fazem parte da cultura russa e também pontos turísticos das 11 sedes do torneio, pela qual passei ao longo dos últimos meses.

Algumas das cidades têm mais destaque do que outras, mas todas estão ali de alguma maneira.

Abaixo, o blog mostra para você como cada cidade e ícone cultural da Rússia estão representados por ordem de aparição no vídeo.

Lembrando que dá para visitar todos estes pontos turísticos, a maioria sem pagar nada.

E aí, vamos embarcar nesta viagem?

São Petersburgo – A cidade é famosa por seus canais e pontes e por isso um ponte aparece no vídeo. Ao fundo são retratadas duas torres chamadas de Colunas Rostrais, que são um marco do município e que fazem homenagem à Marinha russa, que teve papel importante nas guerras travadas pelo país desde os tempos de império.

Kaliningrado – O exclave russo, que faz fronteira com Polônia e Lituânia, é representado pela catedral de Königsberg (antigo nome quando pertencia à Alemanha). A igreja é um dos principais pontos turísticos da cidade. Foi inaugurada no século 14.

Sputnik 1 – Aqui uma pausa nas sedes para relembrar a Corrida Espacial e o satélite lançado ao espaço em 4 de outubro de 1957.

Kazan – A capital do Tatarstão é retratada por Zilant, uma criatura legendária que lembra um dragão. Uma escultura de Zilant fica localizada em frente ao Kremlin da cidade e é um ponto onde vários turistas fazem fotografias.

Nijni Novgorod – A cidade é lembrada pela torre de seu Kremlin, que aparece na imagem acima no canto esquerdo e pode ser vista em mais detalhes abaixo. A fortaleza de Nijni é uma das mais importantes da Rússia e também parada obrigatória para os turistas.

Samara – Um dos principais centros da indústria aero-espacial da Rússia, a cidade é retratada pelo lançamento de um foguete. No município existe um museu voltado apenas para contar a história dos cosmonautas da Rússia.

Saransk – A menor cidade da Copa, com pouco mais de 307 mil habitantes, tem uma aparição relâmpago no vídeo. Ela é representada pela catedral de São Teodoro Ushakov, que fica na praça central.

Volgogrado – A histórica cidade conhecida no passado como Stalingrado foi palco de uma das mais sangrentas batalhas da Segunda Guerra Mundial, com quase dois milhões de mortos. Ela é retratada pela estátua Rodina Mat (Mãe da Pátria).

Iekaterinburgo – A cidade da Copa localizada mais ao Leste é representada por dois monumentos. O que aparece mais à esquerda é uma das laterais da Casa Sevastianov, localizada bem no centro do município. À direita, uma espécie de Torre Eiffel, que marca a fronteira entre Europa e Ásia.

Rostov-do-Don – Palco da estreia da seleção brasileira, a cidade é representada pela torre da igreja de São Dimitri e ao fundo pela estela Nick, em homenagem aos soldados mortos durante a Segunda Guerra Mundial.

Sochi – Palco dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, a cidade é representada pelas montanhas do Cáucaso e os teleféricos que são acesso às estações de esqui como Krasnaia Poliana e Rosa Khutor.

Trem – Antes de se chegar à capital Moscou, a imagem daquele que é o meio de transporte mais usado pelos russos. Lembrando também que durante a Copa, haverá trens-grátis para os torcedores se locomoverem entre as cidades-sede.

Moscou – Capital, maior cidade do país e sede da abertura e final, a cidade é que tem mais destaque com três pontos turísticos para lá de famosos. Por ordem de aparição nos quadros, ssão: a catedral de São Basílio; o teatro Bolshoi, catederal do Cristo Salvador e estátua de Gagarin; e o Kremlin.

Ovo de Fabergé – O vídeo acaba com a taça da Copa do Mundo surgindo dentro de um ovo de Fabergé. Os ovos de Fabergé são obras-primas da joalharia produzidas por Peter Carl Fabergé e seus assistentes no período de 1885 a 1917 para os czares da Rússia. Os ovos, cuidadosamente elaborados com uma combinação de esmalte, metais e pedras preciosas, escondiam surpresas e miniaturas.

Ele fica localizado na Praça Vermelha, mas tem horários bem restritos de funcionamento, o que exige um bom planejamento.

Além disso, na alta temporada, como será o período da Copa do Mundo, grandes filas se formam para vê-lo.

O mausoléu não abre no domingo, segunda e sexta-feira.

Nos outros dias, funciona apenas das 10h às 13h.  A entrda é gratuita.

Há um forte esquema de segurança, com revista e não são permitidas grandes mochilas ou câmeras fotográficas no interior.  Se você tiver algum destes itens, precisará deixá-los em um guarda-volume ao lado da entrada.

Fotos com celulares também estão proibidas.

Dentro do mausoléu é proibido ficar parado e você precisa estar em constante movimento para não ser repreendido pelos homens que fazem a segurança.

Lênin morreu em 1924 e sua vontade era ser enterrado em São Petersburgo, mas foi Josef Stálin quem impôs a decisão de embalsamar o corpo e conservá-lo em um lugar nobre de Moscou.

Durante todo este tempo, foram vários os trabalhos de restauração e manutenção do corpo.

Uma das poucas vezes que saiu de lá foi em outubro de 1941, quando havia risco de Moscou ser capturada pelas tropas alemãs durante a Segunda Guerra Mundial. Ele foi levado para a cidade de Tiumen, na Sibéria. Depois da Guerra, foi reaberto.

O que poca gente talvez saiba é que Stálin também teve seu corpo exibido no mausoléu durante alguns anos. Isso aconteceu entre 1953, ano da sua morte, e 1961.

Mas na época da “desestanilização” conduzida por Nikita Kruschev, o corpo foi retirado dali e enterrado na necrópole junto às paredes do Kremlin, logo atrás do Mausoléu.

Hoje, o corpo de Stálin permanece ali, ao lado de outros soviéticos e russos famosos como o astronauta Iuri Gagarin.

Estes túmulos também são visitados quando se vê o mausoléu.

O acesso por metrô é bem fácil. Você pode desembarcar em várias estações: Teatralnaya (linha 2- verde), Ploschad Revolyutsii (linha 3- azul-escura), Okthony Ryad (linha 1-vermelha) e Aleksandrovsky Sad (linha 4 – azul clara).

Normalmente, o Brasil conta apenas com a embaixada em Moscou e um consulado honorário em São Petersburgo.

No Mundial, haverá representações também em Rostov-do-Don, Samara, Kazan e Sochi.

Segundo o Itamaraty, elas servirão para “prestar assistência consular aos torcedores, em especial a emissão de passaportes em substituição a documento extraviado ou furtado e auxílio em casos emergenciais (detenção, hospitalização e desvalimento)”.

Além disso, na próxima semana será lançado um guia do torcedor brasileiro. O documento reúne conselhos práticos e orientações aos turistas, além de instruções em casos de emergência, como perda de documentos.

Ele será entregue em mãos e também poderá ser baixado pela internet.

Confira abaixo os locais onde funcionarão os escritórios temporários. Horários serão divulgados nos próximos dias.

SÃO PETERSBURGO (DE 12 DE JUNHO A 17 DE JULHO)
Hotel Novotel Saint Petersburg Center
Ulitsa Mayakovskogo, 3А
Telefone de Plantão: +7 915 367 1970

ROSTOV-DO-DON (DE 15 A 19 DE JUNHO)
Ulitsa Bolshaya Sadovaya, 51
Telefone de Plantão: +7 915 368 3259

SAMARA (DE 30 DE JUNHO A 09 DE JULHO)
Hotel Holiday Inn
Ulitsa Alexeya Tolstogo, 99
Telefone de Plantão: +7 915 368 3259

KAZAN (DE 04 A 08 DE JULHO)
Courtyard by Marriott Kazan Kremlin
Ulitsa Karla Marksa, 6
Telefone de Plantão: +7 915 368 3259

SOCHI (DE 10 DE JUNHO A 15 DE JULHO)
Hotel Pullman Sochi Center
Ulitsa Ordzhonikidze, 11A
Telefone de Plantão: +7 915 364 9251

Além disso, a embaixada brasileira em Moscou também seguirá com suas atividades normais.
Ulitsa Bolshaia Nikitskaia, 54
Telefone: + 7 495 363 0366
Telefone de Plantão: +7 495 960 8148

E a Fifa e o (COL) Comitê Organizador Local esperam lucrar bastante com o lobo. Para tanto investiram pesado em produtos com sua imagem.

Na loja oficial da Fifa montada em um shopping de Moscou, para onde quer que se olhe lá está o Zabivaka em todos os tipos de produtos possíveis.

O blog mostra dez destes souvenires com Zabivaka, dos mais tradicionais até os mais estranhos para os estrangeiros, como um um chapéu para sauna, algo muito comum na Rússia.

Fica também a dica para quem vier para a Rússia e quiser levar para casa, amigos e familiares lembranças com a imagem da mascote.

Todos os preços listados são os cobrados nas lojas oficiais da Fifa espalhadas pelas 12 cidades-sede.

A de Moscou fica no Magazine Central das Crianças (Центральный детский магазин на Лубянке) e o acesso mais fácil se dá pela estação de metrô Lubyanka.

Lembrando que para pagar com cartão apenas os de bandeira Visa são aceitos.

Bonecos de pelúcia
De 1.190 rublos (R$ 71) a 1.690 (R$ 101) dependendo do tamanho

Gorro com orelhas
1290 rublos (R$ 77,5)

Boné
1400 rublos (R$ 84)

Almofada
1.390 rublos (R$ 83)

Kit com 8 bonequinhos de plástico
1490 rublos (R$ 90)

Camisetas
1.490 rublos (R$ 90)

Caneca
490 rublos (R$ 29,5)

Raquete com peteca
690 rublos (R$ 41,5)

Bolsa para documentos e dinheiro
590 rublos (R$ 35,5)

Chapéu para sauna
690 rublos (R$ 41,5)

Em Moscou é possível encontrá-lo.

Uma barraca no mercado Danilovski exporta a iguaria diretamente do Brasil e faz enorme sucesso na capital russa, com russos e turistas das diversas partes do planeta.

O preparo é igual ao feito em terras brasileiras, com mistura de frutas e granola.

As versões mais baratas saem por 350 rublos (R$ 21). Uma leva banana e leite. A outra contém água de coco, morango e granola. Seu nome? Copacabana.

As mais caras saem por 540 rublos (R$ 32). Uma é feita com cacau. A outra leva frutas como amora, framboesa e morango.

Outra opção para quem quiser tomar açaí é a rede de cafés Shokoladnitsa (Шоколадница), que tem filiais em diversas cidades russas trabalha com o produto desde 2011. Lá um bowl sai por 290 rublos (R$ 17,3).

A barraca de açaí é apenas uma das atrações do mercado. O local é um espaço enorme com diversos estandes servindo comidas dos quatro cantos do planeta.

O edifício que o abriga foi totalmente reformado em 2017 após abrir as portas pela primeira vez em 1986.

Há restaurantes grego, vietnamita, italiano, coreano, japonês, entre outros. São mais de 30 opções.

Também há o espaço onde são vendidas frutas frescas, carne, peixe, castanhas.

Enfim, é um ótimo passeio na Copa e fora dela. E uma ótima opção para poder comer bem.

SERVIÇO
Mercado Danilovski (Даниловский рынок)
Site: http://danrinok.ru/
Horário de funcionamento: Segunda a domingo, das 8h às 21h
Endereço: : Mytnaya Ulitsa, 74 (Мытная, д. 74)
Como chegar: O acesso mais fácil é pelo metrô, na estação Tulskaya (Тульская). Ela fica na linha 9 (cinza).

E numa viagem, algumas delas podem fazer enorme diferença e evitar dor de cabeça. Seja conhecer o trajeto mais curto até algum destino ou a cotação da moeda local.

Por isso, o blog separou dez aplicativos que podem lhe ajudar muito durante sua estadia na Rússia para a Copa do Mundo. Ele estão disponíveis para os sistemas Android e iOS.

E clicando aqui você saberá como se manter conectado no país.

Google Maps e Yandex Maps
O primeiro é muito difundido em todo o mundo e o segundo muito popular aqui na Rússia. Ambos funcionam muito bem no país e são uma mão na rodada para indicar a sua localização e como chegar ao local desejado. Por ser local, o Yandex é mais preciso e atualizado com mais frequência.

Yandex Metro e Moscow Metro
São dois excelentes aplicativos para quem optar por se locomover de metrô – a maneira mais rápida e efetiva em Moscou. Ambos os aplicativos são em inglês e mostram a rota mais curta até seu destino e o tempo estimado. O aplicativo da Yandex oferece mais de uma cidade e vai mostrando os mapas de acordo com sua localização. O Moscow Metro, como diz o nome, é restrito a Moscou.

Yandex Taxi e Uber
Estes são dois aplicativos fundamentais para quem quiser se locomover de táxi pelas cidades da Copa e não depender dos motoristas que ficam nas ruas prontos para armar uma cilada para os turistas. No Uber, você pode usar a conta que tem aí mesmo no Brasil e pagar com dinheiro ou cartão.  O Yandex é um aplicativo local, no qual também se pode escolher pagamento em dinheiro e cartão. É possível deixar o menu em inglês. Ele possui mais carros do que o Uber.

XE Currency
Existem vários aplicativos para conversão de moedas, mas este é o meu favorito. Ele é grátis, atualiza as cotações em tempo real e você pode exibir até dez moedas ao mesmo tempo.
Uma ótima solução para comparar o preço do rublo com o real, dólar e euro em uma mesma tela.

Welcome 2018
Este é um aplicativo criado e desenvolvido pelo Comitê Organizador da Copa do Mundo e o Ministério do Turismo. Ele tem informações sobre as 11 cidades-sede. Há dicas de atrações turísticas e restaurantes, atrações culturais, tours a se fazer, hospedagem. Uma ferramenta bem completa disponibilizada em cinco idiomas: russo, inglês, espanhol, alemão e francês.

Delivery Club 
Vai ficar em um apartamento ou hostel e nem sempre está a fim de sair para comer em um restaurante ou comprar comida? Este aplicativo lhe oferece uma gama enorme de restaurantes que possuem serviço delivery. Mas atenção. É preciso saber russo para utilizá-lo, uma vez que não possui nada em inglês.

Velobike
Cansou de andar de transporte público ou de táxi e quer dar um passeio de bike pelas largas ruas e belos parques de Moscou? Este aplicativo mostra em quais pontos da cidade é possível alugar uma bike. Você pode devolvê-la em qualquer lugar.

Em conjunto com a Hyundai, sua parceira comercial, a entidade realizará uma mostra dentro de um estúdio de exibição carros na Avenida Nova Arbat, bem no centro de Moscou.

Ela ficará aberta de 9 de junho até 20 de julho, das 10h às 20h locais.

Entre um dos principais itens em exibição estará uma réplica da taça Jules Rimet.

Isso porque como todos sabem, a original foi roubada da sede da CBF em 1983 e acabou derretida.

A fachada da loja será transformada em um telão que mostrará os resultados dos jogos em andamento.

A abertura, no dia 9 de junho, será marcada pela exibição da atual taça da Copa do Mundo, que encerrará na capital seu tour pelo planeta.

O museu terá dois andares temáticos. O primeiro é voltado ao Mundial da Rússia e após cada jogo, abola utilizada nele será levada para a exibição. Assim, ao fim do torneio serão 64 bolas personalizadas expostas.

O segundo terá objetos de cada uma das 20 Copas jogadas e referências a lendas como Lev Yashin, Pelé, Maradona.

A tecnologia também fará parte da exibição, com diversas telas de LED exibindo momentos históricos e gols dos Mundiais, além de filmes curtos de cada uma das finais.

SERVIÇO
Museu da Fifa em Moscou
Endereço: Avenida Nova Arbat, 21 (Новый Арбат ул., 21,)
Estação de metrô mais próxima: Smolenskaya (Смоленская)
Funcionamento: De 9 de junho a 20 de julho, das 10h às 20h
Entrada: Gratuita

E a Rússia tem muito a oferecer quando o assunto é gastronomia, com pratos típicos de acordo com cada região.

Em Kazan, por exemplo, é comum comer carne de cavalo, como já mostrei aqui no blog.

Quem visitar o país na Copa do Mundo ou fora dela, vai comer bem, uma vez que a oferta é variada.

Abaixo, listo sete pratos que podem ser encontrados em qualquer lugar do país. Os nomes estão em português e russo para facilitar a identificação no cardápio.

Borsch (Борщ)
É a sopa mais tradicional servida na Rússia, apesar de ser de origem ucraniana. Ela é feita de beterraba, mas leva alguns outros legumes em seu caldo, como a cenoura ou o repolho, por exemplo. O borsch pode levar ainda carne bovina em tirinhas.

Para dar mais sabor à sopa, é comum acrescentar smetana (Сметана), uma espécie de iogurte azedo que tem entre 9% e 36% de gordura de leite.

Vareniki (Вареники) e Pelmeni (Пельмени)

Apesar de serem pratos diferentes, estão agrupados juntos por terem a mesma características. São como cappellettis ou raviolis recheados, mas não são servidos com molho.

O vareniki é vegetariano, geralmente recheado com batata ou repolho. Há também versões doces com cereja. Ele é sempre fervido na água.

Já o pelmeni leva em seu recheio carne. As mais comuns são bovina, suína e de carneiro.

Pode ser servido fervido ou frito.
A sematana acompanha ambos os pratos.

Estrogonofe (Бефстроганов)

Popular no Brasil é um prato típico da culinária russa e criado no século XIX e seu nome deriva de um diplomata russo e ministro do interior chamado Alexander Stroganov.

A receita russa é diferente da brasileira, que usa carne ou frango e molho de tomate com creme de leite.

Na Rússia, são pedaços de carne ou frango num molho feito com smetana.

Geralmente, é servido com purê e pepino em conserva.

Pirojki (Пирожки)

São pequenos pastéis assados e que são uma boa entrada ou para matar a fome na hora da pressa. Eles são recheados das mais diversas maneiras. Podem ter carne, batata, repolho, frango, ovo. Há também os doces, geralmente de cereja ou maçã.

Gretchca (Гречка) 

É o cereal mais consumido pelos russos e é cozido como o arroz. Pode ser cozida sozinha ou misturada com carne, cebola, frango. Serve de acompanhamento para qualquer tipo de prato. No Brasil e em outros lugares, este cereal é conhecido como trigo sarraceno.

Blini (Блины)

São as panquecas russas que também podem ser salgadas ou doces e levarem os mais variados recheios, como caviar, por exemplo. Costumam ser servidas com smetana.

Hatchapuri (Хачапури)

Este é um prato originário da Geórgia e bem comum na culinária local. Porém, como o país fazia parte da União Sovética, são vários os restaurantes georgianos espalhados pela Rússia.

Os russos gostam tanto que durante os Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi de 2014, cerca de 175 mil unidades do produto foram consumidas.

O hatchapuri é uma espécie de esfiha ou pão que tem sua massa feita com água, leite, farinha de trigo, levedura e óleo.

A versão mais tradicional chamada de Ajarski é recheada na cavidade do meio com queijo, geralmente o sulguni, e um ovo de gema mole.

Existe um outro tipo mais parecido com uma pizza. A massa é bem mais seca e o hatchapuri é recheado apenas de queijo.

Inaugurado em 1997, seu acervo é todo composto por objetos doados por torcedores, jornalistas, equipes, jogadores e ex-jogadores.

“Não temos relação nenhuma com times ou federações”, disse ao blog o diretor do museu Aleksander Chernishev, que também é vereador da cidade.

Quase 90% dos objetos ali fazem referência ao Krilia Sovetov, equipe local fundada em 1942. Mas há outros que são bem mais antigos e datam do primeiro jogo realizado no município, em 11 de setembro de 1911. Há até maquinas de escrever e câmeras utilizadas para registrar o momento.

Um dos itens mais preciosos e que ficam dentro de uma caixa de vidro é um livro russo sobre Pelé chamado “Pelé – Minha Vida e o Jogo Bonito (Пеле – Моя Жизнь и Прекрасная Игра)”, lançado em 1989 na União Soviética.

A publicação contém na capa uma dedicatória de Pelé aos “amigos da União Soviética” e chegou ao museu por meio da família de Lev Yashin, morto em 1990.

Este, aliás, é um dos poucos itens que não podem ser tocados a quem vai ao museu. A ideia no local é que o torcedor se sinta a vontade para folhear as centenas de livros e programas de jogo que compõem o acervo.

O museu tem 140 metros quadrados e conta com cinco salas sendo elas temáticas e assim classificadas: história (2), fãs, vestiário e estádio.

Na parte da história, além dos itens já citados há luvas, chuteiras de ex-jogadores soviéticos, troféus e medalhas.

Na parte dedicada aos fãs, o que domina o espaço são centenas de cachecóis de times russos e estrangeiros, além de diversas flâmulas.

No salão chamado de vestiário ficam uniformes completos, camisas e shorts autografados. A maioria por atletas e ex-atletas do Krilia e da seleção russa. Mas há de outros times da região de Samara, como o Lada Toggliati e o Mettalurg, por exemplo.

Na parte dedicada ao estádio há um gol e diversas bolas.

Não há nenhuma informação por escrito ou telas multimídias, como costuma ser comum em museus.

“Não queremos nada disso. Este é um museu para quem ama o futebol no seu jeito mais puro. Queremos que possam tocar as camisas, interagir com os objetos. Uma coisa simples, mas que as pessoas apreciam”, disse Chernishev.

Foi ele quem fez o tour guiado pelo espaço dando informações sobre os itens mais relevantes da exposição.

Visitas guiadas, aliás, são a única possibilidade se visitar o museu. Elas precisam ser agendadas por telefone ou por email e podem ser dadas a qualquer hora do dia. O bilhete para cada pessoa custa 200 rublos (R$ 12). Todos os tours  são dados em russo.

Durante a Copa, Samara receberá seis jogos e o esquema de funcionamento e das excursões ainda estão sendo definidos. O preço será de 300 rublos (R$ 18). Não há previsão de visitas em inglês.

“Aqui falamos russo. Mas nada impede que os grupos venham com intérpretes”, disse Chernishev.

O diretor do museu tem um desejo na Copa: conseguir um uniforme completo da seleção brasileira. Se a equipe terminar em primeira de seu grupo jogará em Samara nas oitavas de final.

“Não temos nenhuma camisa do Brasil e queremos uma. Será que você não consegue nos ajudar?”, perguntou a mim Chernishev.

Perguntei a ele sobre o futuro do museu e se pretendem se mudar a um espaço maior, uma vez que o local está ficando apertado e superlotado de itens. Para se ter uma ideia, há objetos no banheiro e até no teto.

“Você não está vendo que ainda temos muito espaço livre no teto e até no chão? Não temos planos de nos mudar”, disse.

SERVIÇO
Museu do Futebol de Samara
Endereço: Molodogvardeyskaya Ulitsa, 138
Site: www.football-museum.ru
Telefone para agendamento (apenas em russo): +7 960 815 52 41