Priviet, Rússia! https://privietrussia.blogfolha.uol.com.br Um pouco mais da cultura, da vida e do futebol do país que receberá a Copa do Mundo Tue, 17 Jul 2018 18:59:29 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Cinco jogadores que atuam na Rússia e podem se destacar por outras seleções https://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/2018/06/07/cinco-jogadores-que-atuam-na-russia-e-podem-se-destacar-por-outras-selecoes/ https://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/2018/06/07/cinco-jogadores-que-atuam-na-russia-e-podem-se-destacar-por-outras-selecoes/#respond Thu, 07 Jun 2018 05:01:49 +0000 http://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/files/2018/06/azmoun-150x150.png http://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/?p=792 A seleção russa não está tão em alta e os times locais sofrem bastante em competições europeias – nenhum foi às oitavas de final da última Liga dos Campeões, por exemplo.

Ainda assim, o Campeonato Russo fornecerá 36 jogadores para as seleções que disputarão o Mundial.

Destes, 21 defendem a equipe local e outros 15 estão espalhados pelas outras da seguinte forma: Islândia (3), Irã (3), Nigéria (2), Suécia (2) e Sérvia (1), Portugal (1), Peru (1), Croácia (1) e Polônia (1).

O blog mostra para você cinco atletas que atuam no futebol russo e são candidatos a destaques de suas seleções na Copa.

Jefferson Farfán, 33 anos, Lokomotiv Moscou, Peru

Farfán em ação pelo Lokomotiv (Foto: Divulgação/Lokomotiv)
Farfán em ação pelo Lokomotiv (Foto: Divulgação/Lokomotiv)

O veterano atacante faz dupla com Paolo Guerrero, quando Ricardo Gareca opta por dois atacantes ou uma formação mais ofensiva. Se alterna entre titularidade e reserva dependendo da estratégia. Mas nem por isso é peça menos importante. Na seleção desde 2001, já fez 24 gols em 81 jogos disputados. É ídolo no Lokomotiv Moscou. Está no clube desde 2017 e renovou por mais duas temporadas. Na temporada 2017/2018, fez 10 gols em 22 jogos na liga russa.

Andreas Granqvist, 33 anos, Krasnodar, Suécia

Andreas Granqvist (à esq.) é capitão da Suécia (Foto: Divukgação/Krasnodar)
Andreas Granqvist (à esq.) é capitão da Suécia (Foto: Divukgação/Krasnodar)

O zagueiro é o capitão e xerifão da Suécia. Defende a seleção desde 2006, tendo disputado 71 partidas e feito seis gols. Vai disputar apenas a sua primeira Copa do Mundo. Chegou ao Krasnodar em 2013, mas está de saída para o Helsinborgs, do país-natal, onde pretende encerrar a carreira.

Branislav Ivanovic, 34 anos, Zenit, Sérvia

Ivanovic em ação pelo Zenit na Liga Europa (Foto: Divulgação/Zenit)
Ivanovic em ação pelo Zenit na Liga Europa (Foto: Divulgação/Zenit)

O experiente zagueiro disputou todos os jogos do país nas eliminatórias para a Copa e esteve em campo em todos os minutos de todos deles, tendo anotado um gol. Está na seleção desde 2006 e jogará seu segundo Mundial – o outro foi na África do Sul, em 2010. Em 102 jogos, tem 12 gols. Defende o Zenit desde 2017, clube ao qual chegou após passar nove temporadas no Chelsea. Será adversário da seleção brasileira na última partida da fase de grupos.

Sardar Azmoun, 23 anos, Rubin Kazan, Irã

Sardar Azmoun comemora gol na última rodada do Campeonato Russo (Foto: Divulgação/Rubin Kazan)
Sardar Azmoun comemora gol na última rodada do Campeonato Russo (Foto: Divulgação/Rubin Kazan)

O atacante é apontado como a maior revelação iraniana dos últimos anos. Estreou no time nacional quando tinha somente 18 anos, mas acabou deixado fora da Copa do Brasil. Desde então, evoluiu muito e vem sendo observado por vários clubes europeus. Em 32 jogos pela seleção, já fez 23 gols. Na seleção sub-20 teve uma impressionante marca de 20 gols em 20 jogos. Defendendo o Rubin na temporada 2017/18 do Campeonato Russo fez cinco gols e deu cinco assistências em 23 jogos.

Ahmed Musa, 25 anos, CSKA Moscou, Nigéria

Musa comemora um de seus gols pelo CSKA natemporada 2017/2018 (Foto: Divulgação/CSKA)
Musa comemora um de seus gols pelo CSKA na temporada 2017/2018 (Foto: Divulgação/CSKA)

O atacante vai disputar a sua segunda Copa do Mundo e em 2014 ficou marcado pelos dois gols que anotou na derrota de sua seleção para a Argentina por 3 a 2. Musa tem se revezado entre titularidade e reserva na equipe nacional, pela qual tem dez gols e nove assistências em 60 jogos, Pode fazer dupla com Alex Iwobi, do Arsenal. Retornou ao CSKA por empréstimo do Leicester em fevereiro. Em dez jogos da liga russa, fez seis gols.

Abaixo os outros atletas que atuam na Rússia e estarão na Copa
Islândia – Ragnar Sigurdsson, Sverrir Ingasson e Bjorn Sigurdson (todos do Rostov)
Irã – Milad Mohammadi (Akhmat Grozni) e Saeid Ezatolahi (Amkar Perm)
Portugal – Manuel Fernandes (Lokomotiv Moscou)
Polônia – Maciej Rybus (Lokomotiv Moscou)
Nigéria – Brian Idowu (Amkar Perm)
Croácia – Vedran Corluca (Lokomotiv Moscou)
Suécia – Viktor Classon (Krasnodar)

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Artilheiro e mais valioso jogador da Rússia perderá Copa do Mundo em casa https://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/2018/05/14/artilheiro-e-mais-valioso-jogador-da-russia-perdera-copa-do-mundo-em-casa/ https://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/2018/05/14/artilheiro-e-mais-valioso-jogador-da-russia-perdera-copa-do-mundo-em-casa/#respond Mon, 14 May 2018 07:23:51 +0000 http://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/files/2018/05/promes-150x150.png http://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/?p=503 Jogador mais valioso do Campeonato Russo, com valor estimado de mercado de 22,44 milhões de euros (R$ 96,59 milhões) Quincy Promes, 26, não poderá mostrar seu talento na Copa do Mundo que acontecerá em sua “casa”.

O jogador do Spartak Moscou – que cederá seu estádio para cinco jogos – é integrante da seleção da Holanda, que não obteve a classificação para o Mundial.

Promes é ídolo no Spartak -clube mais popular da Rússia- e terminou a liga nacional desta temporada como artilheiro.

Na edição 2017/2018, encerrada no domingo, anotou 15 gols, um a mais do que Fedor Smolov, atacante do Krasnodar e da seleção da Rússia.

Somando torneios europeus (Liga dos Campeões e Liga Europa) e Copa da Rússia, totalizou 21 gols.

No campeonato passado e no de 2015/2016, Promes havia sido o vice artilheiro, sempre atrás de Smolov.

Revelado pelo Twente (HOL), Promes está na Rússia desde 2014. Em 128 jogos, fez 64 gols. Uma média de um gol a cada duas partidas.

Ele tem tanta moral que é um dos principais garotos-propaganda do clube e estampou o programa do jogo contra o Dínamo, na última rodada.

Seu nome é um dos mais gritados pelos torcedores no momento do anúncio da escalação. Até uma matrioska personalizada lhe foi dada por fãs.

Não à toa. Em toda a história do Spartak é o estrangeiro com mais gols anotados. Ele até fez uma tatuagem com um gladiador, símbolo do clube.

“Eu amo a Rússia. É a minha segunda casa”, disse em entrevista ao site oficial do Spartak.

Promes mostra como costuma comemorar seus gols (Foto: Divulgação/Spartak)
Promes mostra como costuma comemorar seus gols (Foto: Divulgação/Spartak)

Promes costuma celebrar seus gols fazendo o gesto como se usasse uma máscara. Segundo ele, é para mostrar sua outra personalidade em campo.

“Quando você está jogando é uma pessoa totalmente diferente, uma pessoa com máscara. O Promes no campo e fora dele são pessoas opostas. Me sinto como um matador no campo”, disse.

Seu nome já chegou a ser especulado em equipes como Arsenal e Liverpool e o mais recente interessado é o Southampton. Entretanto, seu contrato com o Spartak vai até 30 de junho de 2021.

“Quincy é o melhor estrangeiro que já jogou na Rússia. Quando ele chegou ao Spartak por muito dinheiro as pessoas não sabiam quem era e o que podia fazer. Mas rapidamente ele mostrou que poeria ser muito útil e um dos principais jogadores do time. Já na primeira temporada os torcedores o amavam e ele assumiu o papel de líder. Hoje vale quase 25 milhões e pode ser o jogador mais caro da história do time”, analisou o repórter do site Sport 24, Maksim Allanazarov.

Apesar do destaque na Rússia, Promes ainda não conseguiu brilhar como se espera na seleção. Ele já disputou 26 partidas e fez só quatro gols.

Na campanha holandesa nas eliminatórias, Promes esteve em campo em sete oportunidades e só fez três gols. Destes jogos, foi titular em cinco.

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Dérbi de Moscou em palco da Copa tem pirotecnia na arquibancada e briga https://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/2018/05/13/derbi-de-moscou-em-palco-da-copa-tem-pirotecnia-na-arquibancada-e-briga/ https://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/2018/05/13/derbi-de-moscou-em-palco-da-copa-tem-pirotecnia-na-arquibancada-e-briga/#respond Sun, 13 May 2018 13:59:32 +0000 http://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/files/2018/05/20180513_1540000_resized-150x150.jpg http://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/?p=489 Rivais históricos desde os tempos da União Soviética, Spartak e Dínamo se enfrentaram neste domingo (13) em Moscou, pela última rodada do Campeonato Russo em um duelo marcado por torcidas inflamadas, pirotecnia nas arquibancadas, lances pegados e confusão generalizada no fim.

No fim, quem levou a pior foi o Spartak. Derrotado por 1 a 0, perdeu a vaga direta na fase de grupos da Liga dos Campeões da próxima temporada. Terá de jogar a fase classificatória.

Isso pois no mesmo momento o CSKA Moscou venceu o Anji por 2 a 1, com gol decisivo do brasileiro Vitinho e foi a 58 pontos.  O Spartak ficou com 56.

O Lokomotiv já havia garantido o título com uma rodada de antecedência.

Palco de cinco jogos na Copa do Mundo, incluindo Brasil x Sérvia, a Arena Spartak recebeu 42.124 torcedores. Destes, cerca de 3 mil do Dinamo, que fizeram a festa.

O estádio agora só receberá um jogo novamente em 16 de junho, quando a Argentina enfrenta a Islândia.

As torcidas de Spartak e Dínamo, aliás, deram um show. Cantaram os 90 minutos e botaram fogo no duelo. Sem nenhum tipo de restrição a sinalizadores, houve pirotecnia de lado a lado.

No primeiro tempo, inclusive, bombeiros tiveram de agir no setor da torcida do Spartak para apagar o fogo em uma faixa que estava na beira do campo.

Fogo após torcedores do Spartak acenderem sinalizadores (Foto: Fábio Aleixo)
Fogo após torcedores do Spartak acenderem sinalizadores (Foto: Fábio Aleixo)

Isolada em um canto do estádio, os torcedores do Dinamo também usavam e abusavam dos sinalizadores, criando uma nuvem de fumaça preta. Em alguns momentos, explosões eram ouvidas.

Precisando de um empate ao menos para não correr risco de jogar o playoff contra o rebaixamento, o Dinamo soube controlar o ímpeto do rival e em pênalti aos 35 minutos do primeiro tempo ficou em vantagem. O gol foi anotado por Lutsenko.

Rausch, do Dínamo (de azul), disputa a bola com Samedov (Foto: Spartak/Divulgação)
Rausch, do Dínamo (de azul), disputa a bola com Samedov (Foto: Spartak/Divulgação)

O Dinamo ainda teve um outro pênalti claríssimo não marcado a seu favor pelo árbitro Serguei Karasev, árbitro da Rússia na Copa.

Após levar o gol, o Spartak se abalou. No segundo tempo, partiu para cima todo desordenado e escapou de levar mais. No ataque pouco produzia.

A partida também foi ficando tensa, com lances mais ríspidos e empurrões.  Ao apito final, uma confusão generalizada se formou. Mas sem socos ou pontapés. Sobraram mais dois cartões amarelos, totalizando oito.

Se o jogo não empolgou pela técnica, não faltou emoção.

CLUBE DA POLÍCIA X TIME DO POVO

O futebol na era soviética deve grande parte de seu desenvolvimento e popularidade ao clássico moscovita entre Dínamo e Spartak. O jogo resumia o choque entre o clube da polícia e o time do povo, respectivamente.

A rivalidade entre eles começou a se acirrar em 1935, quando Nikolai Starostin, jogador de enorme sucesso no país, que já havia capitaneado as seleções de futebol e de hóquei, resolveu assumir o controle do então Promkooperatsiya. Ao lado de seus três irmãos, o renomearam Spartak.

Ao mesmo tempo, Starostin se aproximou de Alexander Kosarev, chefe da Komsomol [organização da juventude do Partido Comunista]. O órgão disputava o controle do esporte com as forças de segurança, que tinham no Dínamo seu maior expoente. O clube teve a partir de 1936 como presidente honorário o georgiano Lavrenti Beria, chefe da polícia secreta (NKVD) e braço-direito de Josef Stálin (1878-1953).

Beria foi o responsável pela prisão em 1938 de Kosarev, que seria executado. Depois disso, passou a perseguir os irmãos Starostin. Sua fúria aumentava à medida que o Spartak vencia -foram três títulos da liga soviética, contra dois do Dínamo em cinco edições.

A popularidade alcançada pelo clube forjou a alcunha de “Time do Povo”.

A equipe era formada por trabalhadores simples que vinham das camadas populares, enquanto os atletas rivais tinham cargos administrativos e patente militar.

“O Spartak pode ter provocado um antagonismo de classes, mas era popular por uma razão muito mais convencional: o time era bom”, escreveu o historiador norte-americano Robert Edelman no livro “Uma Pequena Maneira de Dizer Não”.

Um episódio que deixou Beria ainda mais furioso ocorreu na semifinal da Copa Soviética de 1939 quando o Spartak venceu o Dínamo Tbilisi por 1 a 0 com um gol polêmico e avançou para a final, superando o Leningrad Stalinets por 3 a 1.

Mesmo após a decisão, ordens vindas do governo forçaram a realização de nova partida entre Spartak e Dínamo. Nova vitória do time de Starostin por 3 a 2.

A rivalidade só aumentava. Em 1942, Nikolai e seus irmão foram presos e acusados de diversos crimes. De acordo com as autoridades, eles estavam impondo práticas burguesas no esporte, aproximando-o do capitalismo. Outro processo os apontava como conspiradores de um plano para assassinar Stálin.

Como pena, foram condenados a dez anos em campos de trabalho forçado na Sibéria. Em 1955, dois anos após a morte de Stálin e a execução de Beria, Kosarev voltou a Moscou e presidiu o Spartak até 1992. Morreu quatro anos depois.

Após o fim da União Soviética, o Dínamo perdeu muito de seu poderio e na “nova Rússia” jamais voltou a ganhar um título nacional. Na temporada 2016/2017, pior: jogou a segunda divisão pela primeira vez.

Já o Spartak se manteve como grande e ganhou mais dez títulos nesta nova era.

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‘Não tirei o passaporte russo pensando em seleção’, diz goleiro brasileiro https://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/2018/05/13/nao-tirei-o-passaporte-russo-pensando-em-selecao-diz-goleiro-brasileiro/ https://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/2018/05/13/nao-tirei-o-passaporte-russo-pensando-em-selecao-diz-goleiro-brasileiro/#respond Sun, 13 May 2018 06:28:13 +0000 http://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/files/2018/05/marinato-3-150x150.png http://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/?p=466 Há onze anos na Rússia defendendo o Lokomotiv Moscou, Guilherme Marinato, 32, conseguiu nesta temporada algo que perseguia desde que desembarcou no país: o título do campeonato nacional.

Na próxima temporada, realizará outro sonho. Jogar a Liga dos Campeões.

Incontestável no gol do time moscovita pelo qual soma 245 partidas, ele parece não conseguir convencer o técnico da seleção russa Stanislav Cherchesov de seu talento.

Naturalizado russo desde 2015, ele esteve na equipe nacional na Eurocopa de 2016 e na Copa das Confederações de 2017. Neste último torneio, Cherchesov era o treinador. Mas desde então só perdeu espaço.

Na lista para a Copa divulgada na sexta-feira (11), Guilherme aparece como o quinto goleiro e nem irá para os treinos da seleção. Suas chances de estar na Copa são praticamente nulas.

Mas isso não o incomoda, como ele revelou nesta entrevista exclusiva ao blog.

“Quando tirei meu passaporte, a ideia e o principal objetivo era ajudar o clube a não extrapolar o limite de estrangeiros, e não jogar pela seleção”, disse.

“Mas acho que ele [Cherchesov] não deve gostar muito do meu trabalho”, afirmou.

Confira o papo com Guilherme:

Depois de 10 anos no clube enfim conseguiu ser campeão russo, um título que o Lokomotiv não alcançava desde 2004. Qual o sentimento?
É a realização de um sonho. Em 2013/2014 estivemos bem próximos. Mas na penúltima rodada perdemos a chance a ainda acabamos em terceiro. Foi triste para caramba. Esta vez sempre estivemos na frente e seria muito frustrante não ganhar um título, ainda mais para mim. Estou há muito tempo aqui. Ganhar este título serviu para tirar um peso das costas.

Antes de vencer o Zenit na rodada passada, a penúltima do campeonato, vocês vinham de três jogos sem vitória e sem marcar gols. Temia que perderiam o campeonato após abrir oito pontos de vantagem para o Spartak na reta final?
“Dentro do time, a gente sabia que não ia perder este título. Faltou mais calma e ter menos ansiedade. Estava tão próximo o título que pecamos na ansiedade de querer ser campeão.
No jogo contra o Zenit, foi diferente. Jogamos como vinha jogando antes de criar a ansiedade. Jogando com calma, esperando para sair no contra-ataque. Nossa estratégia foi assim o campeonato todo. Não tinha porque querer mudar isso. Conseguimos mudar.

Guilherme em ação pelo Lokomotiv, clube que defende desde 2007 (Foto: Arquivo Pessoal)
Guilherme em ação pelo Lokomotiv, clube que defende desde 2007 (Foto: Arquivo Pessoal)

O Iuri Siomin, técnico de vocês é um ídolo do Lokomotiv né? Terceira vez que  time é campeão russo e terceira vez que ele é o treinador. Como é sua relação com ele?
Sou muito grato ao Iuri. Tudo que aconteceu comigo aqui é graças a ele. Ele era presidente do clube em 2007, quando cheguei. Mas durou pouco. Ele saiu da presidência e foi para o Dínamo [Moscou]. Ai voltou como treinador em 2009. Eu estava dois anos sem jogar aqui por causa de duas sérias lesões no joelho e estava encostado. Estava com cabeça em voltar ao Brasil. Mas fomos para a Áustria na inter-temporada e ele me deu chance. Fiz três jogos e fui muito bem. Quando voltei para o recomeço do campeonato, nunca mais saí. Até hoje jogo como titular. Foi o cara que acreditou em mim. E por tudo que conquistou aqui é um ídolo.

E como será jogar a Liga dos Campeões? Todo jogador na Europa tem isso como principal meta.
É mais um sonho a ser realizado Em 2009, assim como neste ano também iam três para a Champions. Ficamos muito perto. Acabamos em quarto, perdendo o desempate com o Zenit. Mas nunca é tarde para ter uma nova oportunidade na vida. Será outra grande experiência.

E como é a torcida do Lokomotiv, muito sofrida não? O Spartak sempre faz muito sucesso, o CSKA também e você sempre aparecem como a terceira força da capital.
É uma torcida carente de títulos do campeonato, apesar de termos ganhos a Copa o ano passado, por exemplo. Mas o último título nacional havia sido em 2004. É só nosso terceiro título, comparando com o Spartak e CSKA é pouco. E eles têm torcidas grandes. Mas a nossa torcida está sempre tentando apoiar e tenho certeza que vai subir nossa média de público também.
Nota do blog: O Lokomotiv teve média de 12.508 torcedores em casa nesta temporada. O CSKA tem 14.689 e o Spartak 29.337. Estes dois últimos times jogam em casa na rodada final deste domingo. 

Guilherme durante treino da Rússia na Copa das Confederações de 2017 (Evgeny Biyatov - 20.jun.2017/Sputnik/AFP)
Guilherme durante treino da Rússia na Copa das Confederações de 2017 (Evgeny Biyatov – 20.jun.2017/Sputnik/AFP)

Como você encara o fato de ter sido colocado apenas como quinto goleiro na lista da seleção e nem ir para os treinos? Fica triste?
Quando surgiu a oportunidade de ganhar o passaporte [em 2015], minha ideia era para poder jogar como russo e não ocupar vaga de estrangeiros. Isso ajudaria muito o clube. Por muitos anos, eu fui o único goleiro estrangeiro aqui. Meu objetivo era esse, e nunca o de jogar pela seleção. Mas em 2016 houve convite e jamais iria recusar. Foi o Slutski [Leonid, ex-treinador da seleção] que deu esta chance. Por respeito ao país e tudo que a Rússia me proporcionou no futebol nunca passou pela minha cabeça recusar. Tenho 32 anos e claro que seria bom para estar na Copa, mas estou muito tranquilo. O que mais queria neste ano eu já consegui, que era ser campeão.

E como você vê a escolha dos goleiros?
Friamente pensando, o [Igor] Akinfeev é titular absoluto. Tem um goleiro reserva que é o [Andrei] Luniov. Não faz sentido levar um experiente para ser terceiro [Vladimir Gabulov, 34, deve fcar com a vaga]. Deveria levar alguém com perspectiva. Não entendo muito bem as escolhas, e não faz muito sentido. Cada treinador tem sua forma de pensar e respeito.

No ano passado, após a Copa das Confederações, teve o jogo da final da Supercopa da Rússia contra o Spartak e a torcida deles começou a provocar cantando ‘por que diabos a seleção precisa de um macaco’. Você acha que isso influenciou para você não ser mais chamado? 
Eu acho que não tem nada a ver. Eu não creio. Não faz sentido nenhum. Eu nem prestei a atenção e depois a assessoria do clube disse que não era para mim. Acho que é mais mesmo o uma questão de gosto. Até mesmo na Copa das Confederações até a lista final eu não vinha sendo chamado, mas muitos goleiros se machucaram e eu fui.

Você acha então que é uma questão de gosto? Afinal, você é um dos melhores goleiros do campeonato, como mostram os números.
Sou o menos vazado do campeonato e o goleiro que fez mais defesas. Sou o melhor goleiro neste campeonato pelos números. Então deve ser uma questão de gosto. Ele não deve gostar muito do meu trabalho. A posição de goleiro é uma de confiança do treinador, é a que mais precisa de confiança dele. E quando um cara tem esta confiança, pode falhar e errar que não vai sair do time.

Como suas chances de ir para a Copa são mínimas, o que pretende fazer durante ela?
Vou ficar aqui pela Rússia porque as aulas das minhas filhas vão até o fim de junho. depois debo dar uma viajada aqui perto. E depois já começa nossa pré-temporada. Mas enquanto estiver em Moscou tentarei ver jogos da Rússia e do Brasil.

 

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Herói de Portugal brilha de novo e põe fim a jejum de 14 anos na Rússia https://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/2018/05/05/heroi-de-portugal-brilha-de-novo-e-poe-fim-a-jejum-de-14-anos-na-russia/ https://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/2018/05/05/heroi-de-portugal-brilha-de-novo-e-poe-fim-a-jejum-de-14-anos-na-russia/#respond Sat, 05 May 2018 15:32:56 +0000 http://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/files/2018/05/20180505_204722_resized-150x150.png http://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/?p=375 Herói do título de Portugal na Eurocopa de 2016 com o gol da vitoria de 1 a 0 sobre a França, o atacante português Eder voltou a brilhar neste sábado.

Ele foi o responsável por marcar o gol da vitória em casa do Lokomotiv Moscou por 1 a 0 sobre o Zenit, que colocou fim a um jejum de 14 anos do time da capital sem uma taça do Campeonato Russo.

A última conquista havia sido na temporada de 2004. Antes, também havia vencido em 2002.

Torcida do Lokomotiv encheu a RZD Arena e empurrou o time para o título (Foto: Divulgação/Lokomotiv)
Torcida do Lokomotiv encheu a RZD Arena e empurrou o time para o título (Foto: Divulgação/Lokomotiv)

O gol de Eder veio aos 42 minutos do segundo tempo, completando um cruzamento da direita de Ignatiev.

Com a vitória, o Lokomotiv vai a 60 pontos e não pode ser mais alcançado pelo Spartak Moscou, que ainda tem dois jogos a fazer e soma 53.

O único remanescente da conquista de 2004 e o técnico Iuri Semin. Ele também havia levado a equipe à conquista em 2002.

O Lokomotiv conta em seu elenco com o goleiro brasileiro naturalizado russo Guilherme Marinato e o atacante Ari, que está em fase final de obtenção do passaporte russo.

A equipe da capital russa liderou quase todo o campeonato, mas vinha de três jogos sem vitória, com dois empates e uma derrota. Também estava sem balançar as redes neste período.

O atacante peruano Jefferson Farfán, que aparece na foto acima, é o artilheiro do time até agora com dez gols.

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Na Rússia, time ainda não sabe o que é fazer gol em 2018 https://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/2018/05/02/na-russia-time-ainda-nao-sabe-o-que-e-fazer-gol-em-2018/ https://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/2018/05/02/na-russia-time-ainda-nao-sabe-o-que-e-fazer-gol-em-2018/#respond Wed, 02 May 2018 06:41:42 +0000 http://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/files/2018/04/ska-150x150.jpg http://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/?p=312 O ano de 2018 vai entrando em seu quinto mês e muita coisa já aconteceu.

Mas na Rússia uma equipe da primeira divisão ainda não sabe o que é marcar gol neste ano.

O responsável pela “façanha” é o SKA-Khabarovsk, caçula da liga, e que já teve seu rebaixamento decretado mesmo com duas rodadas para o fim.

A última vez que o SKA marcou um gol foi em 9 de dezembro, em derrota para o Rubin Kazan, por 3 a 1.

Desde lá, já disputou nove partidas, sendo oito pelo campeonato local e uma pela Copa da Rússia, e não consgeuiu vazar o goleiro adversário.

A única chance que o torcedor teve de gritar gol foi em disputa de pênalti contra o Shinnik, pelas quartas de final da Copa.

Após empate em 0 a 0, o time foi derrotado por 4 a 1. A pontaria está tão ruim, que foram duas cobranças perdidas.

No Campeonato Russo, durante este jejum, já são sete derrotas e um empate, contra o Akhmat Grozni.

A dificuldade do SKA em marcar gols é tão grande que em 28 jogos no Campeonato Russo só fez 16 gols. Em compensação, sofreu 48.

A campanha é decepcionante. São duas vitórias, sete empates e 19 derrotas. São 13 pontos somados, 11 a menos que o Tosno, vice-lanterna.

O time está baseado na cidade de Khabarovsk, que em linha reta fica 6.140 quilômetros de Moscou, em um voo de quase 7h30 de duração.

Para se ter ideia de como lica longe da capital, apenas 1.473 km separam o município de Tóquio e 1.761 km de Pequim.

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Grito de campeão entalado há 14 anos ainda seguirá para o Lokomotiv https://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/2018/04/30/grito-de-campeao-entalado-ha-14-anos-ainda-seguira-para-o-lokomotiv/ https://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/2018/04/30/grito-de-campeao-entalado-ha-14-anos-ainda-seguira-para-o-lokomotiv/#respond Mon, 30 Apr 2018 18:48:56 +0000 http://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/files/2018/04/lokoperde-150x150.png http://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/?p=318 O torcedor do Lokomotiv Moscou ainda terá de esperar mais algum tempo para soltar da garganta o grito de campeão russo entalado há 14 anos.

Nesta segunda-feira (30), o time da capital garantiria o título antecipado com uma vitória sobre o Krasnodar, fora de casa.

Mas deu tudo errado para o Loko – como é chamado por aqui – e a equipe acabou derrotada por 2 a 0.

Os dois gols foram marcados por Fedor Smolov, artilheiro do campeonato, com 14. E eles vieram em um intervalo de um minuto, aos 21 e 22 do segundo tempo.

Apesar da derrota, o Lokomotiv só precisa de dois pontos nas duas rodadas que restam para levantar a taça.

A próxima chance? No sábado, contra o Zenit, em casa. Uma vitória, enfim, acabará com a espera. O empate obrigará o time a pelo menos uma nova igualdade na última rodada contra o Arsenal Tula para não depender de outros resultados.

Atualmente, está com 57 pontos, contra 53 do Spartak Moscou e 52 do CSKA.

No Campeonato Russo, o primeiro critério para por fim à igualdade é o confronto direto.

Contra o Spartak, o Lokomotiv venceu por 4 a 3 e depois empatou em 0 a 0. Diante do CSKA, obteve triunfo por 3 a 1 e um empate em 2 a 2.

Apesar da liderança, o Lokomotiv vem oscilando nas últimas rodadas. Nesta segunda-feira, completou três jogo seguidos sem marcar gols.

O sinal de alerta está aceso.

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Rússia pode ver fim de jejum de 14 anos no futebol nesta segunda https://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/2018/04/30/russia-pode-ver-fim-de-jejum-de-14-anos-no-futebol-nesta-segunda/ https://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/2018/04/30/russia-pode-ver-fim-de-jejum-de-14-anos-no-futebol-nesta-segunda/#respond Mon, 30 Apr 2018 07:08:46 +0000 http://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/files/2018/04/loko-150x150.png http://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/?p=291 Sem comemorar um título de Campeonato Russo desde 2004, o Lokomotiv Moscou pode colocar fim nesta segunda-feira ao seu incômodo jejum.

Para tanto, precisa de uma vitória fora de casa sobre o Krasnodar, quinto colocado.

Com um triunfo, alcançará 60 pontos e não poderá ser mais alcançado por Spartak Moscou (53) e CSKA Moscou (52).

Após o jogo desta segunda-feira, serão somente mais seis pontos em disputa até o final.

A última rodada acontece em 13 de maio.

Caso não vença nesta segunda, o Loko – como é chamado por aqui – ainda seguirá com muitas chances de ser campeão.

Na conta mais simples, precisa somente de dois pontos o que poderia ser resolvido com dois empates – enfrenta ainda o Zenit, em casa, e Arsenal Tula, fora.

Isso porque a equipe tem vantagem no desempate contra os seus rivais moscovitas.

No Campeonato Russo, o primeiro critério para por fim à igualdade é o confronto direto.

Contra o Spartak, o Lokomotiv venceu por 4 a 3 e depois empatou em 0 a 0. Diante do CSKA, obteve triunfo por 3 a 1 e um empate em 2 a 2.

Apesar da liderança, o Lokomotiv vem oscilando nas últimas rodadas. Em dois jogos seguidos em casa, não conseguiu marcar gols. Ficou no 0 a 0 contra Akhmat Grozni e Ufa.

Na última rodada, Lokomotiv ficou no 0 a 0 com o Ufa (Foto: Divulgação)
Na última rodada, Lokomotiv ficou no 0 a 0 com o Ufa (Foto: Divulgação)

Em seu último título, o Lokomotiv tinha no banco o mesmo treinador de agora: Iuri Siomin.

A equipe contava ainda com três brasileiros: Francisco Lima, Jorge Wagner e Leandro Gianechini.

No time de hoje há o goleiro Guilherme Marinato, naturalizado russo, e o atacante Ari, que está em fase final de obtenção do passaporte.

O principal destaque do time é o peruano Jefferson Farfán. Ele tem dez gols marcados e está a quatro do artilheiro, o holandês Quincy Promes, do Spartak.

Desde o fim da União Soviética, em 1991, este poderá ser o terceiro título do Lokomotiv, que além de 2004 saiu vencedor também em 2002.

Neste tempo de jejum no Campeonato Russo, o Loko venceu por três vezes a Copa da Rússia, em 2007, 2015 e 2017.

 

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Vitinho deixa estádio com marca de chuteira na testa e pontos https://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/2018/04/22/vitinho-deixa-estadio-com-marca-de-chuteira-na-testa-e-pontos/ https://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/2018/04/22/vitinho-deixa-estadio-com-marca-de-chuteira-na-testa-e-pontos/#respond Sun, 22 Apr 2018 18:02:33 +0000 http://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/files/2018/04/20180422_201111_resized-150x150.jpg http://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/?p=226 O brasileiro Vitinho, do CSKA, deixou o estádio de sua equipe neste domingo (22) com pontos no supercílio, o olho esquerdo inchado e uma marca de chuteira na testa.

Em jogo do Campeonato Russo, contra o Krasnodar, o atacante foi atingido por um chute do sueco Andreas Granqvist ao tentar cabecear uma bola.

Ele ficou um tempo caído no chão sangrando até ser atendido e seguir em campo.

O lance aconteceu no segundo tempo da vitória por 2 a 1.

“Está doendo para caramba. Nem sei quantos pontos precisei tomar ao certo. Mas que está doendo está. Mas estou feliz pela vitória”, disse ao blog.

“Acho que ele [Granqvist] não teve a intenção de atingir. Mas ele foi chutar a bola que estava muito alta e não tomou cuidado. Foi imprudente”, completou o brasileiro.

Vitinho recebe chute no rosto durante jogo na Rússia (Foto: Reprodução/Match TV)
Vitinho recebe chute no rosto durante jogo na Rússia (Foto: Reprodução/Match TV)

Também na zona mista o sueco se desculpou pelo lance, que não resultou em falta, nem em cartão amarelo.

“Eu não o vi. Tentei acertar a bola e não acho que fui com o pé tão alto. Não tive a intenção de machucá-lo”.

O resultado deixa o CSKA na segunda posição do campeonato, com 51 pontos, a seis do líder Lokomotiv (57) com três jogos para o fim. O Spartak tem 50 e joga nesta segunda-feira.

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Brasileiros são maioria entre estrangeiros na 1ª divisão da Rússia https://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/2018/04/21/brasileiros-sao-maioria-entre-estrangeiros-1a-divisao-do-pais-da-copa-saiba-quem-sao/ https://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/2018/04/21/brasileiros-sao-maioria-entre-estrangeiros-1a-divisao-do-pais-da-copa-saiba-quem-sao/#respond Sat, 21 Apr 2018 06:14:03 +0000 http://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/files/2018/04/Luiz-Adriano-150x150.jpg http://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/?p=184 Nenhum país com exceção é claro da Rússia conta com mais jogadores atuando na primeira divisão do país da Copa do Mundo do que o Brasil. Sem contar os atletas naturalizados, são 12, o que representa 8,5% da soma de jogadores de todos os times. A Sérvia, adversária da seleção na primeira fase, também tem 12.

Contando os naturalizados, este número chega a 15.

Dos brasileiros que jogam na Rússia atualmente, nenhum teve chances com Tite. O único foi Giuliano, que deixou o país com o torneio em andamento para ir para a Turquia.

O Campeonato Russo é disputado por 16 times e está a quatro rodadas do fim, com o Lokomotiv Mosccou liderando com 56 pontos contra 50 do vice-líder Spartak Moscou.

Se houver igualdade em pontos, o Lokomotiv leva o título pois leva a melhor no confronto direto – primeiro critério de desempate.

CSKA (48), Zenit (48) e Krasnodar (47) estão na briga ainda, mas com menos chances.

Abaixo os brasileiros, incluindo os que se naturalizaram (marcados com *), que atuam na 1ª divisão da Rússia.

Lokomotiv Moscou

Guilherme Marinato (goleiro), 32 anos* – Está na Rússia desde 2007, sempre defendendo o Lokomotiv Moscou. No Brasil, seu único clube profissional foi o Atlético-PR, entre 2005 e 2007. Na Copa das Confederações de 2017, esteve na seleção.

Ari (atacante), 32 anos – Está na Rússia desde 2013, já tendo passado também pro Spartak Moscou e Krasnodar. Seu único clube no Brasil foi o Fortaleza, entre 2005 e 2006. Está em processo final de obtenção do passaporte russo. Faz dupla de ataque com Farfán.

Ari comemora gol em jogo do Lokomotiv contra o CSKA (Foto: Divulgação/Lokomotiv)

Spartak Moscou

Fernando (volante), 26 anos – Chegou ao Spartak em 2016 após deixar a Sampdoria. É o brasileiro com maior valor de mercado na Rússia segundo o Transferwise, valendo 14 milhões de euros. Em 2013, fez parte da seleção campeã da Copa das Confederações. Atuou no Grêmio entre 2009 e 2013.

Fernando durante treino sob neve do Spartak (Foto: Divulgação/Spartak)
Fernando durante treino sob neve do Spartak (Foto: Divulgação/Spartak)

Luiz Adriano (atacante), 31 anos – Após passagem apagada pelo Milan, chegou ao Spartak no ano passado. É um dos ídolos da torcida e sempre se perguntam se ele não merecia uma chance para jogar na seleção brasileira. No Brasil, só defendeu o Internacional entre 2006 e 2007. No atual campeonato, tem nove gols e aparece na quinta poisção na briga pela artilharia, a cinco do companheiro de time Quincy Promes.

Pedro Rocha (atacante), 23 anos – Também chegou ao Spartak ao ano passado, contratado do Grêmio. Porém, diferentemente dos outros dois brasileiros anda é reserva. As poucos têm ganhado mais oportunidades.

CSKA Moscou

Mário Fernandes (lateral-direito), 27 anos* – Revelado pelo São Caetano e com passagem no profissional apenas pelo Grêmio está na Rússia desde 2012, sempre no CSKA, e tem contrato até 2022. Ele já é naturalizado russo e no ano passado só não jogou a Copa das Confederações por causa de fratura no nariz. É nome praticamente certo na lista para a Copa do Mundo. No Brasil, recusou convocação para a seleção em 2011, mas fez um jogo em 2014.

Vitinho (atacante), 24 anos – Está em sua segunda passagem pela Rússia, a segunda no CSKA. Costuma ser titular da equipe. Começou no Botafogo e entre suas passagens pela Rússia atuou pelo Internacional em 2015 e 2016. Tem nove gols no atual campeonato e aparece na sétima posição na briga pela artilharia, assim como Luiz Adriano.

Vitinho durante treino do CSKA Moscou (Foto: Divulgação/CSKA)
Vitinho durante treino do CSKA Moscou (Foto: Divulgação/CSKA)

Krasnodar

Joãozinho (atacante), 29 anos* – Está no Krasnodar desde 2011 e em 2016 recebeu passaporte russo, mas ainda não foi chamado para a seleção. No Brasil, seu último clube foi a Portuguesa, em 2007. Antes de chegar à Rússia, atuou na Bulgária.

Akhmat Grozny

Philipe Sampaio (zagueiro), 23 anos – Chegou à Rússia no ano passado, após defender o Boavista (POR). No Brasil, atuou profissionalmente apenas pelo Paulista, de Jundiaí.

Rodolfo (zagueiro), 35 anos – Titular absoluto do Akhmat, defende o clube desde 2013/2014, quando ainda era conhecido como Terek Grozny. Entre 2007 e 2010, defendeu outro clube russo, o Lokomotiv Moscou. No Brasil, passou por Fluminense, Vasco e Grêmio.

Rodolfo defende o Akhmat (Foto: Divulgação/Akhmat)
Rodolfo defende o Akhmat (Foto: Divulgação/Akhmat)

Ismael Silva (volante), 23 anos – Chegou ao Akhmat na atual temporada após cinco anos na Suécia. No Brasil, jogou somente no Cratéus.

Ravanelli (meia), 20 anos – Também chegou ao Akhmat na atual temporada após se destacar defendendo a Ponte Preta. Ainda é reserva da equipe e só tem um gol em 11 jogos.

Léo Jabá (atacante), 19 anos – Revelado pelo Corinthians, chegou à Rússia também para a temporada 2017/2018. Tem alternado entre a titularidade e o banco de reservas. Em 23 jogos pela equipe, fez 3 gols.

Tosno

Anderson Carvalho (volante), 27 anos – No Brasil, defendeu Santos e Penapolense. Chegou ao Tosno para a temporada 2017/2018 após três anos no Boa Vista, de Portugal. Fez apenas um jogo até agora.

Ricardinho (atacante), 28 anos – Chegou ao Tosno em fevereiro, contratado do Estrela Vermelha (SER). Atou apenas em seis jogos até agora, entre Campeonato Russa e Copa da Rússia.

Ricardinho é atacante do Tosno (Foto: Divulgação/FC Tosno)
Ricardinho é atacante do Tosno (Foto: Divulgação/FC Tosno)

Conexão Bélgica

Wanderson Maciel (atacante), 23 anos- Nascido na Bélgica é filho de brasileiros, mas nunca atuou no futebol do país, tendo começado na base do Ajax. Tem pasaporte belga e brasileiro e já defendeu a seleção europeia nas catgeorias de base. Está na Rússia desde o ano pasado.

“Sou nascido na Bélgica e é minha primeira cidadania. Mas de sangue sou brasileiro”, disse ao blog.

 

 

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