E isso não foi diferente com várias que receberão a Copa do Mundo.

Das 11 cidades-sede do Mundial, seis tiveram alterações.

As únicas que sempre mantiveram seus nomes originais foram Moscou, Kazan, Rostov-do-Don e Saransk.

Abaixo, você confere o nome atual e como já se chamaram os outros municípios que receberão a Copa.

Iekaterinburgo – Fundada em 1973 com o nome que possui atualmente em homenagem a Catarina I, a cidade chamou-se Sverdlovsk entre 1924 e 1991. Isso aconteceu durante o
tempo em que a Rússia foi uma nação socialista e serviu de tributo ao líder do Partido Comunista: Iakov Sverdlov.

Kaliningrado – Território alemão até o fim da Segunda Guerra Mundial, a cidade do exclave russo de mesmo nome era chamada de Königsberg. O novo nome foi dado em 1946
em homenagem a Mikhail Kalinin, um dos principais homens de confiança de Josef Stálin.

Nijni Novgorod – Fundada em 1221, foi chamada de Gorki entre 1932 e 1990 em homenagem ao famoso escritor russo Maxim Gorki, que nasceu na cidade.

São Petersburgo – Das principais cidades russas, foi a que mais teve alteração de nome desde sua fundação em 1703 pelo czar Pedro I, ou Pedro o Grande. A primeira nomenclatura foi a atual. Em 1914, no início da Primeira Guerra Mundial, o nome foi mudado para Petrogrado. Em 1924, uma nova alteração, agora para Leningrado. Foi uma homenagem a Vladimir Lênin, que morreu naquele ano. Em 1991 voltou a se chamar São Petersburgo. Porem a região onde está localizada segue tendo o nome oficial de Oblast de Leningrado.

Samara – Entre 1935 e 1991 – ou seja, até o fim da União Soviética – levou o nome de Kuibishev, em tributo ao revolucionário russo Valerian Kuibishev, que viveu entre 1888 e 1935. Uma estátua sua existe até hoje na principal praça da cidade.

Sochi – Foi fundada em 1838 como Alexandria por causa do imperador Alexandre II. Em 1986, tornou-se Dakhovski e em 1874 Dakhovski Posad. Em 1986 mudou para o nome que possui até hoje.

Volgogrado – Localizada à beira do Rio Volga – daí sua nomenclatura atual -, a cidade foi fundada em 1589 como Tsaritsin. Chamou-se Stalingrado entre 1925 e 1961 por causa de Josef Stálin. Ali foi travada uma das batalhas mais decisivas e sanguinárias da Segunda Guerra Mundial, com pouco mais de 2 milhões de mortos.

O edifício, que teve sua construção iniciada em 1970 para servir à administração municipal, jamais foi concluído.

Seu design foi inspirado em trabalhos dos arquitetos brasileiros Lúcio Costa e Oscar Niemeyer e representa o estilo brutalista soviético.

A última tentativa para finalizá-lo foi feita em 1992 por uma empresa dinamarquesa, mas não seguiu adiante.

Uma companhia alemã sugeriu derrubá-lo e construir um edifício completamente novo no local. Mas também sem sucesso.

Hoje, a Casa dos Sovietes é um prédio abandonado e que é apelidado de “monstro” ou “robô enterrado” pelos locais, pois sua aparência lembra a de um robô que está afundado no solo até os ombros.

A última intervenção ocorreu em 2005, quando Kaliningrado completou 60 anos e foi visitada pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Na ocasião, foram colocadas janelas e o prédio foi todo pintado em azul. Hoje muitos dos vidros estão quebrados e há pichações.

“Estamos estudando o que será possível fazer no prédio durante a Fan Fest, talvez colocarmos alguns banners e decorá-lo. Mas ainda dependemos de respostas da Fifa”, disse o governador de Kaliningrado Anton Alikhanov.

Questionado sobre o porquê da escolha deste local com um prédio que gera tanta controvérsia para abrigar a Fan Fest, o governador foi direto.

“É um lugar que pode concentrar uma grande quantidade de pessoas”, afirmou.

Atualmente, a praça que receberá Fan Fest está fechada para obras que ficarão prontas até o começo de junho.

Kaliningrado é um exclave russo que faz fronteira com a Polônia e Lituânia.

O repórter viajou a Kaliningrado a convite do Comitê Organizador da Copa do Mundo

Esta foi a solução encontrada pelo governo em conjunto com empresas da região para acomodar todos os viajantes que se deslocarão para a cidade durante os meses de junho e julho.

Além dos torcedores, são muito turistas não interessados no Mundial, mas nas praias à beira do Mar Báltico, e viajantes a negócio, principalmente comerciantes chineses de âmbar, pedra típica da região.

Kaliningrado tem uma capacidade hoteleira para 50 mil pessoas, mas quase todos os leitos em hotéis e albergues estão esgotados durante a Copa.

Encontrar um lugar no dia que antecede ao duelo entre ingleses e belgas é missão quase impossível. Seja diretamente no site das hospedagens ou por agências na internet.

O que resta são apartamentos, que estão com preços exorbitantes. Há alguns por 75 mil rublos (R$ 4.128) a diária.

Em albergues e hotéis, o governo em parceria com a Rosturism -órgão federal para desenvolvimento turístico – conseguiu estabelecer um teto para os valores, não podendo extrapolar a média de uma diária em alta temporada ao longo dos últimos anos. Alguns estabelecimentos entraram em uma lista negra. Um deles chegava a cobrar diárias com inflação de 5.283%.

Para habitações particulares, o controle é mais complicado. Por isso a orientação para os torcedores é procurar os campings.

O preço de uma diária vai variar entre mil e 3 mil rublos (R$ 55 e R$ 165) dependendo da distância da cidade. O mais perto ficará a dez quilômetros do estádio e os outros dois a cerca de 50 km, nas proximidades do balneário de Zelenogradsk.

“Recomendamos às pessoas que não fiquem em apartamentos particulares e procurem este camping. Serão de qualidade e com um preço bastante acessível. Foi uma boa solução que encontramos”, disse ao blog Andrei Ermak, ministro do turismo da região de Kaliningrado.

De todos, haverá transporte para a arena.

O esquema nos campings vai variar. Em um, a hospedagem será em barracas. Em outros dois em espécies de contâineres e trailers.

Uma estrutura para a venda de bebidas -inclusive alcoólicas- e comida será montada para os hóspedes. Também haverá atrações de entretenimento.

A única restrição é para que os locais não acomodem torcedores de seleções adversárias na Copa para evitar qualquer tipo de problema. Os hooligans ingleses são uma preocupação.

“Nossas autoridades estarão em alerta para que não haja nenhum problema. Mas também acreditamos que eles passarão pouco tempo na cidade. Devem vir para o jogo e ir embora. Foi assim que fizeram na Eurocopa da Ucrânia [em 2012]”, disse Ermak.

Além de um grande volume de torcedores chegando de avião- o aeroporto passou por uma grande reforma e estará totalmente concluído até maio-, Kaliningrado espera também muitos fãs vindo de carro e trem.

O exclave russo faz fronteira com Polônia e Lituânia, membros da União Europeia, o que facilita o trânsito de fãs de seleções europeia que lá jogarão, como Espanha, Sérvia, Suíça e Croácia.

Para estimular o turismo, uma linha vermelha será pintada nas ruas da cidade conduzindo os visitantes às principais atrações.

Argentinos tiveram espaço reservado no Brasil

Em 2014, no Brasil, o enorme número de torcedores argentinos que se deslocaram em carros, ônibus e trailers fez com que espaços exclusivo fossem reservado a eles.

Os ponto de concentrações foram o Sambódromo do Anhembi e o Autódromo de Interlagos, em São Paulo. A Prefeitura não cobrou nenhum tipo de taxa.

O repórter viajou a Kaliningrado convite do Comitê Organizador da Copa do Mundo

Apesar da limitação de lugares por ser a abertura oficial e só 15 mil pessoas terem ido ao jogo entre o Baltika e o Krilia Sovetov pela segunda divisão do campeonato russo, a impressão é que havia muito mais pessoas.

A acústica impressionou jogadores, jornalistas e membros do Comitê Organizador da Copa do Mundo.

“A atmosfera foi incrível, com uma acústica impressionante. Parecia ter muito mais gente do que havia de verdade”, disse Natalia Ischenko, ministra do Esporte de Kaliningrado.

Com um teto não tão alto e um formato sem muito espaço para o som vazar, o eco é grande e cada grito se multiplica, como vocês podem perceber nos dois vídeos abaixo.

O primeiro é de um momento qualquer do jogo. O segundo é do gol que deu a vitória ao Baltika por 1 a 0.

Fiquei imaginando como será com 35 mil vozes cantando e o espetáculo que poderá ser o jogo entre Inglaterra e Bélgica em 28 de junho.

Também me chamou a atenção neste jogo inaugural a quantidade de trabalho que resta ser feito do lado de fora do estádio em pouco mais de dois meses.

Os inúmeros tratores trabalhando e os montes de terra e areia assustam e dão a impressão de que tudo ficará pronto em cima da hora, assim como já vimos na Copa do Mundo do Brasil, em 2014.

O governo local está mobilizando todo seu contingente para dar conta do trabalho e deixar a área verde e com árvores.

Dizem que muito do atraso para o plantio se deve às dificuldades criadas pelo inverno.

As fotos abaixo mostram que a situação está longe da ideal.

Chegar ao estádio neste primeiro jogo-teste foi complicado, com muito transito e nem tantas opções de transporte público.

Até a Copa, dizem que tudo estará bem. E também estimulam os torcedores a ir a pé. Do centro de Kaliningrado, leva-se cerca de 40 minutos, em uma caminhada agradável que passa por diversos pontos turísticos.

O blogueiro viaja a convite do Comitê Organizador da Copa do Mundo