Priviet, Rússia! https://privietrussia.blogfolha.uol.com.br Um pouco mais da cultura, da vida e do futebol do país que receberá a Copa do Mundo Tue, 17 Jul 2018 18:59:29 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Cidade que receberá Brasil nas oitavas é centro de desenvolvimento aeroespacial https://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/2018/06/28/cidade-que-recebera-brasil-nas-oitavas-e-centro-de-desenvolviemnto-aeroespacial/ https://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/2018/06/28/cidade-que-recebera-brasil-nas-oitavas-e-centro-de-desenvolviemnto-aeroespacial/#respond Thu, 28 Jun 2018 09:09:11 +0000 http://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/files/2018/06/20180505_154349-150x150.jpg http://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/?p=992 Palco de Brasil x México nas oitavas de final da Copa do Mundo na próxima segunda-feira (2), Samara é a sexta maior cidade da Rússia e conhecida por ser um polo de desenvolvimento aeroespacial, com diversas fábricas e universidades.

Não à toa, o nome oficial do estádio que recebe os jogos do Mundial é Arena Cosmos, chamada pela Fifa no torneio apenas de Arena Samara. Ela lembra o formato de um disco voador.

O time local, que volta a disputar a primeira divisão russa na temporada 2018/2019 também tem um nome bem ligado à vocação do município: Krilia Sovetov (Крылья Советов, em cirílico). Na tradução direta para o português significa Asas Soviéticas.

Foi em Samara – que na época se chamava Kuibishev – que foi construído o foguete Vostok, que levou à órbita à primeira nave espacial tripulada, onde estava Iuri Gagarin, o mais famoso dos cosmonautas russos.

Na volta à Terra, Gagarin passou um tempo descansando na cidade e ajudando nos projetos de desenvolvimento aeroespacial da União Soviética durante a Guerra Fria.

Uma das principais atrações turísticas de Samara -que não são muitas- é o Museu Cosmonáutico, inaugurado em 2007

Na entrada há um foguete da família Soiuz (Союз), que é fabricado em Samara no Centro Espacial de Progresso de Foguetes (Progress Rocket Space Centre). A empresa é controlada pela Roscomos, a estatal russa por voos espaciais e o programa cosmonáutica.

Modelo de cápsula onde astronauta fica em viagem ao espaço (Foto: Fábio Aleixo)
Modelo de cápsula onde astronauta fica em viagem ao espaço (Foto: Fábio Aleixo)

Dentro do museu há trajes usados pelos astronautas, cápsulas nas quais homens viajaram ao espaço e uma mostra de matrioskas temáticas contando a história da Corrida Espacial.

Já a Universidade Estatal Aeroespecial de Samara é uma das maias conceituadas do país e está em funcionamento desde 1942. Hoje abriga cerca de 15 mil estudantes e conta com 35 laboratórios.

Ha também fábricas que produzem motores de aviões e outros componentes de aeronaves, além de peças para satélites.

Samara tem uma população de pouco mais de 1,1 milhão de habitantes.

 

 

 

 

]]>
0
Museu num porão em Samara tem mais de 2 mil itens e livro assinado por Pelé https://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/2018/05/22/museu-num-porao-em-samara-tem-mais-de-2-mil-itens-e-livro-assinado-por-pele/ https://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/2018/05/22/museu-num-porao-em-samara-tem-mais-de-2-mil-itens-e-livro-assinado-por-pele/#respond Tue, 22 May 2018 06:16:32 +0000 http://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/files/2018/05/20180507_135151-150x150.jpg http://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/?p=596 Quem passa pelo prédio de número 148 na rua Molodogvardeyskaya, em Samara, mal pode imaginar que ali no porão fica o primeiro museu público de futebol da Rússia e que abriga mais de 2 mil itens.

Inaugurado em 1997, seu acervo é todo composto por objetos doados por torcedores, jornalistas, equipes, jogadores e ex-jogadores.

“Não temos relação nenhuma com times ou federações”, disse ao blog o diretor do museu Aleksander Chernishev, que também é vereador da cidade.

Quase 90% dos objetos ali fazem referência ao Krilia Sovetov, equipe local fundada em 1942. Mas há outros que são bem mais antigos e datam do primeiro jogo realizado no município, em 11 de setembro de 1911. Há até maquinas de escrever e câmeras utilizadas para registrar o momento.

Câmeras fotográficas usadas para registrar primeiro jogo em Samara, em 1911 (Foto: Fábio Aleixo)
Câmeras fotográficas usadas para registrar primeiro jogo em Samara, em 1911 (Foto: Fábio Aleixo)

Um dos itens mais preciosos e que ficam dentro de uma caixa de vidro é um livro russo sobre Pelé chamado “Pelé – Minha Vida e o Jogo Bonito (Пеле – Моя Жизнь и Прекрасная Игра)”, lançado em 1989 na União Soviética.

Livro em russo assinado por Pelé (Foto: Fábio Aleixo)
Livro em russo assinado por Pelé (Foto: Fábio Aleixo)

A publicação contém na capa uma dedicatória de Pelé aos “amigos da União Soviética” e chegou ao museu por meio da família de Lev Yashin, morto em 1990.

Este, aliás, é um dos poucos itens que não podem ser tocados a quem vai ao museu. A ideia no local é que o torcedor se sinta a vontade para folhear as centenas de livros e programas de jogo que compõem o acervo.

O museu tem 140 metros quadrados e conta com cinco salas sendo elas temáticas e assim classificadas: história (2), fãs, vestiário e estádio.

Na parte da história, além dos itens já citados há luvas, chuteiras de ex-jogadores soviéticos, troféus e medalhas.

Na parte dedicada aos fãs, o que domina o espaço são centenas de cachecóis de times russos e estrangeiros, além de diversas flâmulas.

Cachecóis pregados na parede do museu (Foto: Fábio Aleixo)
Cachecóis pregados na parede do museu (Foto: Fábio Aleixo)
Flâmulas de diversos times no museu (Foto: Fábio Aleixo)
Flâmulas de diversos times no museu (Foto: Fábio Aleixo)

No salão chamado de vestiário ficam uniformes completos, camisas e shorts autografados. A maioria por atletas e ex-atletas do Krilia e da seleção russa. Mas há de outros times da região de Samara, como o Lada Toggliati e o Mettalurg, por exemplo.

Camisas do Krilia Sovetov e da seleção russa (Foto: Fábio Aleixo)
Camisas do Krilia Sovetov e da seleção russa (Foto: Fábio Aleixo)

Na parte dedicada ao estádio há um gol e diversas bolas.

Não há nenhuma informação por escrito ou telas multimídias, como costuma ser comum em museus.

“Não queremos nada disso. Este é um museu para quem ama o futebol no seu jeito mais puro. Queremos que possam tocar as camisas, interagir com os objetos. Uma coisa simples, mas que as pessoas apreciam”, disse Chernishev.

Foi ele quem fez o tour guiado pelo espaço dando informações sobre os itens mais relevantes da exposição.

Visitas guiadas, aliás, são a única possibilidade se visitar o museu. Elas precisam ser agendadas por telefone ou por email e podem ser dadas a qualquer hora do dia. O bilhete para cada pessoa custa 200 rublos (R$ 12). Todos os tours  são dados em russo.

Durante a Copa, Samara receberá seis jogos e o esquema de funcionamento e das excursões ainda estão sendo definidos. O preço será de 300 rublos (R$ 18). Não há previsão de visitas em inglês.

“Aqui falamos russo. Mas nada impede que os grupos venham com intérpretes”, disse Chernishev.

O diretor do museu tem um desejo na Copa: conseguir um uniforme completo da seleção brasileira. Se a equipe terminar em primeira de seu grupo jogará em Samara nas oitavas de final.

“Não temos nenhuma camisa do Brasil e queremos uma. Será que você não consegue nos ajudar?”, perguntou a mim Chernishev.

Chernishev posa ao meu lado para uma foto após tour pelo museu (Foto: Arquivo pessoal)
Chernishev posa ao meu lado para uma foto após tour pelo museu (Foto: Arquivo pessoal)

Perguntei a ele sobre o futuro do museu e se pretendem se mudar a um espaço maior, uma vez que o local está ficando apertado e superlotado de itens. Para se ter uma ideia, há objetos no banheiro e até no teto.

Banheiro tem alguns itens da coleção do museu (Foto: Fábio Aleixo)
Banheiro tem alguns itens da coleção do museu (Foto: Fábio Aleixo)

“Você não está vendo que ainda temos muito espaço livre no teto e até no chão? Não temos planos de nos mudar”, disse.

SERVIÇO
Museu do Futebol de Samara
Endereço: 
Molodogvardeyskaya Ulitsa, 138
Site: www.football-museum.ru
Telefone para agendamento (apenas em russo): +7 960 815 52 41

]]>
0
Leningrado, Stalingrado, Gorki; como já foram chamadas as sedes da Copa https://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/2018/05/08/leningrado-stalingrado-gorki-como-ja-foram-chamadas-as-sedes-da-copa/ https://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/2018/05/08/leningrado-stalingrado-gorki-como-ja-foram-chamadas-as-sedes-da-copa/#respond Tue, 08 May 2018 05:53:04 +0000 http://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/files/2018/05/20180429_093932-150x150.jpg http://privietrussia.blogfolha.uol.com.br/?p=401 Seja por razões políticas ou históricas, como a Revolução de 1917 ou o fim da União Soviética, diversas cidades russas já tiveram seus nomes alterados ao longo dos anos.

E isso não foi diferente com várias que receberão a Copa do Mundo.

Das 11 cidades-sede do Mundial, seis tiveram alterações.

As únicas que sempre mantiveram seus nomes originais foram Moscou, Kazan, Rostov-do-Don e Saransk.

Abaixo, você confere o nome atual e como já se chamaram os outros municípios que receberão a Copa.

Iekaterinburgo – Fundada em 1973 com o nome que possui atualmente em homenagem a Catarina I, a cidade chamou-se Sverdlovsk entre 1924 e 1991. Isso aconteceu durante o
tempo em que a Rússia foi uma nação socialista e serviu de tributo ao líder do Partido Comunista: Iakov Sverdlov.

Kaliningrado – Território alemão até o fim da Segunda Guerra Mundial, a cidade do exclave russo de mesmo nome era chamada de Königsberg. O novo nome foi dado em 1946
em homenagem a Mikhail Kalinin, um dos principais homens de confiança de Josef Stálin.

Catedral de Königsberg manteve o seu nome em Kaliningrado (Foto: Fábio Aleixo)
Catedral de Königsberg manteve o seu nome em Kaliningrado (Foto: Fábio Aleixo)

Nijni Novgorod – Fundada em 1221, foi chamada de Gorki entre 1932 e 1990 em homenagem ao famoso escritor russo Maxim Gorki, que nasceu na cidade.

São Petersburgo – Das principais cidades russas, foi a que mais teve alteração de nome desde sua fundação em 1703 pelo czar Pedro I, ou Pedro o Grande. A primeira nomenclatura foi a atual. Em 1914, no início da Primeira Guerra Mundial, o nome foi mudado para Petrogrado. Em 1924, uma nova alteração, agora para Leningrado. Foi uma homenagem a Vladimir Lênin, que morreu naquele ano. Em 1991 voltou a se chamar São Petersburgo. Porem a região onde está localizada segue tendo o nome oficial de Oblast de Leningrado.

Samara – Entre 1935 e 1991 – ou seja, até o fim da União Soviética – levou o nome de Kuibishev, em tributo ao revolucionário russo Valerian Kuibishev, que viveu entre 1888 e 1935. Uma estátua sua existe até hoje na principal praça da cidade.

Estátua em homenagem a Kuibishev no centro de Samara (Foto: Fábio Aleixo)
Estátua em homenagem a Kuibishev no centro de Samara (Foto: Fábio Aleixo)

Sochi – Foi fundada em 1838 como Alexandria por causa do imperador Alexandre II. Em 1986, tornou-se Dakhovski e em 1874 Dakhovski Posad. Em 1986 mudou para o nome que possui até hoje.

Volgogrado – Localizada à beira do Rio Volga – daí sua nomenclatura atual -, a cidade foi fundada em 1589 como Tsaritsin. Chamou-se Stalingrado entre 1925 e 1961 por causa de Josef Stálin. Ali foi travada uma das batalhas mais decisivas e sanguinárias da Segunda Guerra Mundial, com pouco mais de 2 milhões de mortos.

]]>
0